Cartas não enviadas, palavras engolidas e tudo que ficou atravessado.
“Se eu tivesse dito aquilo…
Se ele tivesse perguntado…
Se ao menos tivesse me ouvido…”
Tem coisas que a gente guarda.
Porque não teve espaço para falar.
Porque a coragem não veio.
Ou porque, lá no fundo, a gente sabia:
Dizer tudo não mudaria nada.
Essa carta nunca foi entregue.
Mas ela mora aqui.
E hoje, ela precisa sair — por mim.
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[Carta nunca enviada]
Oi.
Eu não sei se você percebeu, mas eu parei de insistir.
Parei de mandar mensagem, de puxar assunto, de tentar mais do que devia.
Não foi de repente.
Foi o cansaço.
A dor de falar e não ser ouvida.
Eu engoli tantas palavras que perdi a conta.
Fingi que estava tudo bem quando doía.
Sorria para não parecer carente.
Tinha tanta coisa que eu queria dizer…
Que eu precisei me encolher para caber em você.
Que eu fui sumindo aos poucos.
Mas você nunca perguntou.
E tudo bem.
Porque hoje, pela primeira vez, eu estou escrevendo pra mim.
E agora eu me escuto.
Agora eu me visto com carinho.
Uso aquele brinco que eu deixava guardado.
Coloco o colar que você nunca notou — e ele brilha, como se cada pedacinho fosse uma palavra que eu engoli e agora transformei em detalhe.
Me olho no espelho com mais ternura — e menos esperança de que alguém venha completar o que já é inteiro.
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Algumas palavras precisam sair, mesmo que não tenham mais destino.
Escrever é uma forma de se curar.
Se arrumar, também.
Escolher um acessório com intenção é como recuperar a própria voz em forma de detalhe.
É uma maneira de dizer:
“Eu volto a ser minha.”
A Flair te lembra que você não precisa mais engolir o que sente.
Nem calar o que importa.
Hoje, você pode usar cada detalhe como um lembrete de quem voltou a se ouvir.
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✨ E se você escrevesse sua própria carta?
Sem filtro.
Sem julgamento.
Só verdade.
Nem toda carta precisa ser enviada.
Mas toda mulher merece ser ouvida — nem que seja por ela mesma.
